Twitteiro da vez: @urublog

O Twitteiro da Vez nasceu no Rio e mora na Gávea. Arthur Muhlenberg tem 47 anos e é pai de duas meninas. “Tenho duas filhas muito Flamengo, Camila de 8 e Emilia de 6 e tô na pista.”

No Twitter desde abril de 2009, tem mais de 28.000 followers! “Acho que é bom. Mas tenho certeza de que é melhor que ser tuiteiro da arco-íris.”

Ao ser questionado se tinha um blog, Arthur respondeu: “Tenho um humilde bloguinho lá no globo.esporte.com.” Desde 2007, ele comanda o "Urublog", o blog do torcedor do Flamengo, um dos campeões de audiência do portal globoesporte.com, com mais de 1 milhão de acessos mensais. Missão quase impossível encontrar um rubro-negro que nunca tenha acessado e se divertido com a forma como ele esculacha a arcoirizada!

Confira abaixo a entrevista com ele:

Por que vc é flamenguista?

Sou Flamengo porque a tradição na família é muito rigorosa: quem não for Flamengo não nasce.

Ninguém precisou me incentivar, lá em casa quem não era Flamengo não era alimentado.

Isso é meio triste de comentar em público, na minha família mais próxima geral é Flamengo, mas tenho uns primos distantes, gaúchos, que deram um mau passo e torcem ou pro grêmio ou pro internacional. Naturalmente a família não gosta muito de comentar, mas sempre rezamos pela alma deles.

O que o Flamengo é pra vc?

Com 14 anos, amarradão com a camisa da Raça,

 a poucas horas de ver o seminal gol de

 Rondinelli em 78.

O Flamengo é o início, o fim e o meio. E olha que digo isso sem nunca ter feito parte da folha salarial do clube.

Emoção rubro-negra:

Comemorando um gol do Mengão no meio da mulambada. Durante alguns segundos abandonamos qualquer individualidade e fazemos parte anonimamente de uma multidão que só quer pular, cantar e enlouquecer.

Motivo de orgulho:

Nunca coloquei meus pés na pocilga de são janú. Nem em Soldado Severiano.

Qual a maior loucura que vc já fez pelo Fla?

Fui uma vez a um Flamengo x Santa Cruz no Arruda só com o Manto e sem uma camisa neutra pra dar uma deschavada. Só não entrei na porrada porque São Judas protege débeis mentais como eu. Mesmo assim tive que sair voado antes do jogo acabar com a camisa enrolada na mão.

Mico rubro-negro:

Na final do Brasileiro de 87 fui pro Maraca depois de um aquecimento etílico muito intenso. Depois do gol do Bebeto, fui ao banheiro e chamei o raul. Voltei pra arquibancada, fiz um travesseirinho com meu Manto adidas e dormi. Meus camaradas me acordaram no fim do jogo. Beleza! Éramos tetra-campeões. Mas roubaram meu travesseiro improvisado. Nunca me recuperei desse baque e passei a colecionar mantos adidas de maneira compulsiva.

"Com as minhas pestes amadas Cami e Emi

 e a nossa coleção de Mantos em 2009."

O que vc faz pelo Fla?

Eu não faço nada, só pago a mensalidade do clube e compro bugigangas. Mas em 2004 fui trabalhar em Belo Horizonte e saía na madruga pelas ruas do bairro bacana de Lourdes pra pixar o escudo do Mengão em vários muros e paredes. Alguns desses pixos ficaram muito maneiros.

O que o Fla faz por vc?

O Flamengo me deu uma identidade, uma personalidade e me ajudou a encontrar alguns dos melhores amigos de toda a minha vida.

Quem será sempre bem-vindo no Fla? Por que?

Pergunta difícil, porque existe uma legião de pessoas que sempre serão recebidas na Gávea com toda a pompa e circunstância. Pra ninguém ser esquecido vou citar só o Zico, que é hors concours.

Quem vc nunca mais quer ver no Flamengo? Por que?

Não sou de cultivar ódios duradouros, aliás, nem passageiros, mas por enquanto preferia que Cuca, Ney Franco e Silas não botassem a cara nem no Leblon, quanto mais na Gávea.

Momento RN inesquecível:

"Bebendo uma gelada com o Deus da Raça,

de quem tenho a honra de ter me tornado camarada,

 na Tijuca, em 2010."

São tantas emoções que fica mesmo difícil destacar UM momento. Mas pra facilitar o nosso lado, escolho a épica final do carioca de 78. Aquela do gol histórico do Deus da raça Rondineli.

Mensagem para um ídolo ou jogador RN:

A mensagem vai pra todos os atuais detentores da honra de defender o Mengão nas competições de futebol profissional masculino adulto: Pra cima delas, guerreiros. Humildade máxima e palhaçadinha zero!