Pais e Filhos RNs: Bruno e Bernardo Veronezze

Como muito bem diz a nossa amiga @danisouto , num dos ótimos posts em seu blog Primeiro Penta, “Perpetuar tradição é um dos maiores desafios da sociedade moderna e fazer de cada criança um torcedor do Flamengo deveria ser um objetivo, como é educar um filho...”.

A responsabilidade é grande mesmo! Os momentos de emoção também! Pensando nisso, o FLAgrantes da Nação inicia hoje mais uma coluna que fala dos relacionamentos entre rubro-negros: o relacionamento entre pais rubro-negros e seus filhos.

Nesse primeiro post, entrevistamos o profissional de Marketing  Bruno Veronezze (no Twitter, @bveronezze ), que falou do seu relacionamento com o seu filho Bernardo, de apenas 1 ano e 7 meses.

Emocionantes as histórias que esse carioca, atualmente morando em São Paulo, dividiu com a gente! Confira abaixo.

Como vc pretende fazer o seu filho tão rubro-negro quanto vc?

Quando descobri que a Bianca estava grávida do Bernardo, estava no trabalho e corri pra casa. Passada a choradeira, a Bianca estava deitada e eu abri o armário e peguei uma bandeira do Flamengo que tenho desde o Pentacampeonato Brasileiro ( #chupasport #meprocessa ), coloquei em cima da barriga dela e comecei a conversar com ele, explicando o que era o Flamengo e o que ele representava. Além disso, sempre que ponho ele pra dormir, faço ele ninar enquanto eu canto o Hino do Flamengo. Hehehe!

Qual foi o primeiro presente rubro-negro que vc deu ao seu filho?

O primeiro Manto do Bernardo foi do
Papai Bruno! Linda herança!

Quando contei a família que teria um filho homem, minha avó trouxe uma sacola, velha e suja e disse pra eu abrir. Dentro dela tinha um mini-manto do Flamengo de crochê e o CRF bordado que eu usei em 1981, quando eu nasci, e que ela guardou. Essa camisa foi a primeira roupa que ele usou na vida e vai ficar como herança da família pros meus netos.

Se seu filho não fosse RN, como vc reverteria o quadro?

Sinceramente não sei. Como moramos em SP, sem previsão de volta ao Rio, tenho um trabalho grande pela frente. Mas tudo que posso fazer, eu faço. Ele tem roupinhas do Flamengo, mamadeira, chupeta, prato, talheres, hinos do Flamengo no ipod, bola do flamengo, mascote, sunga... Acho que assim ele pode se interessar. Além disso, já combinei com a mãe dele que assim que ele fizer 3 anos, começo a levar ele aos jogos comigo. Se mesmo assim ele não for Rubro-Negro, vai ser uma tristeza grande, mas preciso respeitar.

(Nota do Flagrantes: Ele será um grande rubro-negro, Bruno! E ainda vai ler essa entrevista um dia e dirá: “Ô pai! Como vc pode ter pensado nessa possibilidade absurda?!” rs)

Como é a emoção de ver seu filho gritar pelo Mengão a primeira vez?

O Bernardo ainda tem 1 ano e meio, ainda não fala, mas em 2009, no dia da final do Brasileirão, quando fizemos o segundo gol, a Bianca me ligou dizendo que ele tinha gritado e sorrido na hora do gol, como se estivesse comemorando, levantando os braços. Não sei como foi, mas de qualquer forma, pra um pai babão já é o bastante, concorda?

Hoje em dia sempre vejo os jogos com ele no colo e ensino ele a vibrar e tento ensinar a ele a falar MENGO!

Qual é a emoção de cantar o Hino do Mengão junto com o seu filho?

Embora ele ainda não fale, desde que ele nasceu, eu coloco ele pra dormir cantando o hino do Flamengo e – acredite! -  está funcionando! Ele dorme como um anjo! Acho que quando ele conseguir aprender o hino, ficarei com cara de bobo, olhando pra ele...

(Nota do FLAgrantes: Grava em vídeo e manda pra gente, Bruno!)

Para o filho: O que é mais legal de ser Flamengo?

Posso responder por ele? (rs) O Bernardo já nasceu Hexacampeão Brasileiro ( de novo, #chupasport #meprocessa ), assim como eu nasci campeão mundial! Isso não tem preço. Ser Flamengo é ser feliz, saber que faz parte de uma nação imensa e que ama uma instituição, um modo de vida.

Momento de FLAgrante rubro-negro que vale a pena contar/registrar:



Bruno e Bernardo, recém-nascido, com o
manto que passa por gerações



Quando o Bernardo nasceu, eu precisei sair logo após o parto para poder registrar ele e assinar uns documentos.

Quando voltei à maternidade, a Bianca estava me esperando com ele nos braços, vestido com o mini-manto que eu usei quando eu nasci. Eu chorava tanto, me emocionei de uma forma que não imaginava ser possível.

O engraçado é que a Bianca é anti-Flamengo, se diz vascaína e gosta do botafogo, ou seja, não torce pra ninguém! Mas nesse dia, o fato da camisa ter sido minha, a história por trás da camisa, o que ela representava naquele momento, ela se emocionou tanto quanto eu!

Espero poder ver meu neto usando esse mesmo manto.

Quer contar a sua história aqui no FLAgrantes? Entre em contato com a gente:
No twitter: @CrisMarassi
Por e-mail: flagrantesdanaçao@gmail.com